A língua inglesa é o idioma mais falado do mundo todo, para o bem e para o mal. E dentro do mercado de trabalho, o funil é ainda maior, especialmente quando falamos de desenvolvimento de software. Afinal de contas, a maioria dos artigos sobre linguagens de programação, documentação, solução de problemas de código, tutoriais ou basicamente qualquer coisa dentro deste universo aparece primeiro em inglês. Ou seja, se não de forma comunicativa, é do seu interesse entender inglês pelo menos quando se trata de manter as leituras devs em dia. E isso fica ainda mais urgente quando um estudo recente mostra que apenas 1% da população brasileira é fluente em inglês.
E as vantagens desse conhecimento são várias, indo muito além de ser capaz de pedir um sorvete em uma viagem à Disney. Na verdade, este segundo idioma é responsável por abrir muitas portas em uma carreira de desenvolvimento. Inclusive, não é à toa que a codificação passa justamente pelo, adivinhe, inglês. Confira abaixo, portanto, como é que o inglês mudou a minha vida como dev — e fique de olho no final, porque eu trouxe um conteúdo extra bem bacana.
Domínio americano
Quando comecei a programar, em 1998, todo material que eu tinha era um livro de Access da Makron Books, do meu pai. Ele possuía alguns capítulos explorando VBA (Visual Basic for Application) e um catálogo de funções VBS nativas, ao lado de funções nativas PHP, na home de um site que já nem me lembro o nome. Em 2000, eu comecei a programar para a web com ASP e havia pouco conteúdo escrito em português, e menos ainda na internet. Afinal, era um momento em que a internet ainda estava engatinhando como forma de compartilhamento de conteúdo, e não demorou para que eu notasse que encontraria mais conteúdo em inglês do que em português.
Em 2003, eu virei a chave e decidi não procurar mais por conteúdos em português. Ou seja, minha primeira busca sempre era em inglês. E o que ajudava muito era o dicionário inglês/inglês para estudantes e inglês/português. Aos poucos, com esta abordagem eu consegui não só ampliar meu conhecimento em inglês como também em programação, tendo acesso a uma comunidade muito mais ampla e encontrando diversas formas de desenvolvimento. E ainda pude transformar totalmente a minha forma de assimilar e escrever código.
O papel do inglês no relacionamento com o código
Com o tempo, o código se tornou algo muito maior do que só uma escrita automática, especialmente conforme o meu conhecimento em inglês foi aumentando. E uma vez que as palavras reservadas deixaram de ser apenas comandos, ler código passou a ser uma atividade natural e escrever código passou a ser uma forma estruturada de raciocínio transposta em palavras. Meu código deixou de me soar como bit/byte e passou a soar como um roteiro. Essa intimidade com o código é extremamente poderosa e julgo que dev nenhum deveria desprezá-la. Independentemente da sua senioridade ou das lacunas de conhecimento e experiência, seus esforços na busca pelo desenvolvimento profissional trarão mais retorno se você for mais íntimo ao código, e isso passa por aprender inglês.
Até porque a natureza do universo de codificação passa 100% por este idioma — e isso independe da linguagem de desenvolvimento que você escolher trabalhar. E se você está buscando aprender a falar em inglês de forma eficiente e barata, aproveite o Clube de Inglês da Impulso, que é 100% gratuito, e acontece todas as semanas, às terças e quintas-feiras, às 18h30. E se quiser entender melhor a importância do inglês na rotina de devs, com algumas dicas práticas, confira esse videocast incrível da Impulso.