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03/06/19

4 min de leitura

Quadro Scrum: tudo o que precisa saber sobre este framework

Náthalie CaramNáthalie Caram

Você sabia que o Scrum é o framework mais utilizado no mundo todo? A informação é do State of Agile Report, uma pesquisa realizada anualmente. Ela também estima que 56% do mercado tech utiliza essa metodologia ágil. Enquanto isso, outra parcela significativa das empresas (19%) faz uma combinação com outros métodos, como o Kanban e o XP. Portanto, se você deseja trabalhar com projetos de software, deve familiarizar-se, pelo menos, com o quadro Scrum. E é por isso que hoje vou te dar algumas dicas de como usar este framework.

O que é, como funciona e como produzir um quadro Scrum?

Em resumo, trata-se de uma ferramenta de gestão visual, que torna o backlog visível. Assim como o quadro Kanban, cujo exemplo mais popular é o Trello, o quadro Scrum é utilizado para gerenciar métricas, compartilhar informações, comunicar resultados, realizar reuniões e integrar as equipes de desenvolvimento e gestão.

Há, inclusive, controvérsias sobre o quadro realmente fazer parte do framework Scrum. No guia da metodologia, por exemplo, não existem menções à estrutura. Polêmicas à parte, o que se vê na prática é a utilização da ferramenta. Isso porque ela se mostra efetiva para o gerenciamento das tarefas e do trabalho como um todo, principalmente por garantir transparência e inspeção — dois pilares do Scrum.

Como funciona

O funcionamento do quadro Scrum é bastante simples. Geralmente, ele se divide em três colunas: a fazer (to do), em execução (doing) e feito (done). Utiliza-se um post-it ou um card para cada tarefa dispostas nas linhas.

Também é possível usar um esquema de cores para identificar o tipo de task, como o vermelho para a correção de bugs. A ideia é que, em uma olhada rápida para o quadro, a pessoa possa ter ideia do quanto já foi feito e do tanto que ainda precisa ser executado.

O quadro Scrum pode ser em feito em um quadro branco, de cortiça, de metal ou até mesmo diretamente na parede. Mas já que existem equipes de desenvolvimento espalhadas ou trabalhando remotamente, é melhor usar uma ferramenta online. Assim, ela pode ser sincronizada com outros softwares usados pela equipe, como o Slack.

 

Dito isso, a metodologia ágil mais popular na gestão de projetos de software vai muito além do quadro Scrum. Veja abaixo três curiosidades que você deve saber antes de integrar um time que é guiado por esse framework:

1. O quadro e o Scrum são adaptáveis

Dependendo da complexidade do projeto, é possível acrescentar outras colunas ao quadro Scrum, além daquelas que destacamos acima. Você tampouco precisa de reuniões diárias de 15 minutos feitas em pé e no mesmo local para alinhar o trabalho do time de desenvolvimento. As sprints, que são os ciclos de interação, também podem variar de uma a quatro semanas, e não necessariamente durar 14 dias. Ou seja, o quadro e o framework são adaptáveis à realidade de cada projeto ou empresa.

2. Não há como montar um quadro Scrum sem uma reunião de sprint

O escopo do projeto contém todos os itens que devem ser entregues. Juntas, essas tarefas, que são feitas em sprints, geram o incremento do produto e, posteriormente, o produto final.

A primeira reunião de sprint é uma das mais importantes. Nela, o time de desenvolvimento e a liderança do projeto vão definir a quantidade de itens que precisam entrar no backlog da primeira sprint. Isso é essencial para o desenvolvimento e entrega pontual ao final do ciclo. Enquanto o Product Owner (PO) define as prioridades, fica a cargo de devs falar o que pode ser produzido em determinado período. A colaboração entre esses dois lados é que vai abastecer o quadro Scrum.

Há, ainda, outras reuniões, como a de revisão da sprint. Nesta etapa, o time de desenvolvimento apresenta o produto para o/a PO, que pode aprovar ou não. Já na reunião de retrospectiva, só participam devs que analisam o que funcionou ou não, com foco total no processo.

3. Existem outras ferramentas para monitorar o andamento do trabalho

Não é só por meio do quadro Scrum que é possível conhecer o status de um projeto de software guiado por este framework. O gráfico Burndown x Burnup é um exemplo de artefato complementar capaz de proporcionar esse tipo de informação. Outro é o calendário Niko-Niko, que também acaba sendo um irradiador de informação.

Hora de dominar o quadro Scrum

Agora sim você pode dominar o quadro Scrum e qualquer outra ferramenta. Mas é preciso largar mão da gestão tradicional. A gestão ágil é o único caminho para trabalhar com este framework. Portanto, é preciso abrir mão de processos, cronogramas e reuniões de status. Em vez disso, o foco deve ficar em colaboração entre as pessoas que participam de um projeto de software. E se tiver dúvidas sobre esta adaptação, você pode falar com especialistas da Impulso na nossa comunidade do Discord.

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