Na sexta-feira da semana passada (17), o mundo da tecnologia arregalou os olhos para a notícia do momento. Sam Altman, presidente-executivo da OpenAI, a empresa responsável pelo ChatGPT, foi demitido. O comunicado público da companhia era alarmante, indicando que Altman: “Não era consistentemente sincero nas suas comunicações com o conselho, prejudicando a sua capacidade de exercer as suas responsabilidades.” Além disso, para complicar mais a situação, vários funcionários da empresa ameaçaram deixar a empresa logo depois do anúncio. Essa confusão foi bem resumida, de forma irônica, nesse tweet.
No entanto, as coisas já se resolveram — pelo menos em parte. Afinal, Sam Altman foi trazido de volta para a empresa, como CEO, e as ameaças de funcionários foram derrubadas. Mas e agora? Quais são as marcas que isso deixa para a OpenAI, o ChatGPT e o universo tech?
Incerteza entre investidores
Engana-se quem pensa que o retorno de Sam Altman se deu apenas por boa vontade da OpenAI. Além da chuva de ameaças de demissão, investidores também pressionaram pela sua volta, especialmente a Microsoft (principal investidora da empresa). Entretanto, apesar do filho pródigo ter voltado, ainda existe uma incerteza entre investidores de tecnologia. Afinal, a OpenAI afirmou que Altman não queria passar algumas informações ao conselho e, até agora, ainda não ficou 100% claro quais eram as questões escondidas.
Para piorar ainda mais, a incerteza entre investidores (e amantes de tecnologia) é porque pesquisadores da OpenAI alertaram o conselho sobre um avanço perigoso da IA antes da demissão do CEO. Na carta enviada, eles mencionavam uma grande descoberta dentro da Inteligência Artificial que poderia, inclusive, ameaçar a humanidade. Inclusive, o porta-voz que conversou com a Reuters indicou que essa descoberta foi um fator determinante na demissão de Sam Altman — o que explicaria as informações escondidas.
O grande segredo da OpenAI?
O projeto mencionado na carta chama-se Q* e tem relação com o avanço da empresa em Inteligência Artificial Geral (AGI). A definição mais precisa desse tipo de tecnologia é de sistemas autônomos que superam os humanos na maioria das tarefas de valor econômico. Para quem não conhece sistemas de IA, o avanço é muito significativo porque pesquisadores da área consideram a matemática como a grande fronteira do desenvolvimento da Inteligência Artificial Generativa.
As implicâncias disso são enormes. Isso porque, atualmente, a IA tem muito sucesso com escrita e tradução de idiomas, mas o próximo passo na sua evolução seria a capacidade de fazer contas — onde só há uma resposta correta e não várias opções. Ou seja, isso significa uma maior capacidade de raciocínio, muito próximo, inclusive, do ser humano. E não é apenas uma calculadora: é uma evolução no sistema, que o torna capaz de aprender, compreender e gerar.
A Inteligência Artificial vai dominar o mundo?
Esse tipo de discussão está cada vez mais na moda e, apesar de parecer apocalíptica, o debate é válido. Afinal de contas, os avanços nesta área têm sido muito mais velozes nos últimos tempos. Então só vai restar uma pergunta: essa inteligência terá valores humanos ou não?
De qualquer forma, essa é uma conversa longa demais. Sorte que temos uma Comunidade onde podemos falar sobre isso. Se você ainda não conhece, clique aqui e venha falar com a gente sobre IA e o futuro do mercado de trabalho tech.