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Desafios diários para engajar pessoas lideradas (remotamente ou não)

03/11/21

5 min de leitura

Desafios diários para engajar pessoas lideradas (remotamente ou não)

Desafios diários para engajar pessoas lideradas (remotamente ou não)

Rafael MirandaRafael Miranda

Parte da minha responsabilidade como gestor é criar um ambiente que mantenha as pessoas que lidero engajadas.

Por “engajadas” quero dizer: empolgadas, se sentindo parte de algo maior… de maneira geral, se sentindo realizadas, produtivas e desafiadas, com perspectivas profissionais positivas à frente.

Tudo isso gera um ambiente muito melhor de se trabalhar e, naturalmente, times muito mais produtivos.

Por fim: todo mundo sai ganhando!

Mas, no turbilhão de projetos, entregas, metas, incêndios, conflitos e mudanças… conseguir fazer isso de forma consistente e contínua, às vezes, parece impossível.

Portanto, resolvi consolidar algumas das coisas que penso e tento fazer no meu dia a dia para criar este ambiente. No entanto, não são regras ou receitas de bolo. São apenas reflexões na tentativa de gerar mais sinergia entre as pessoas e fazê-las, como time, gerarem mais valor juntas.

🔥 Otimização do tempo (e urgências)

O nosso tempo é finito, mas, a quantidade de coisas a fazer, não. Então, otimizar o uso do tempo é fundamental.

Dentre as coisas que fazemos existem muitas que considero como falsas urgências — tudo aquilo que parecem urgentes, mas, não são.

Quando não identifico isso bem, separando o que realmente precisa ser feito agora ou hoje, do que pode ser feito mais tarde ou amanhã, eu, normalmente, fico soterrado no meu backlog.

E se fico soterrado pelo meu backlog, não consigo dar atenção às pessoas do time para mantê-las engajadas. Além de não conseguir tempo para aplicar os próximos itens desta lista. 😅

👂 Ouvir feedbacks dos times

Engajar pessoas envolve, principalmente, ter uma escuta ativa no dia a dia com elas.

Nada melhor para uma pessoa do que se sentir efetivamente ouvida, de maneira madura e profissional.

Além disso, o feedback oferecido por elas é precioso para conseguirmos melhorar nossos processos e ambientes em geral.

Eu, como gestor, por mais certezas que tenha, preciso viabilizar um espaço seguro para que as pessoas possam compartilhar comigo ideias, pontos positivos, sugestões de melhorias, críticas, reclamações e problemas.

Aqui na Impulso todos os feedbacks são identificados e diretos. Não fazemos feedbacks anônimos por uma série de motivos… mas, este é assunto para outro artigo. 😄

❤️ Hábito de elogiar as pessoas

Você já elogiou seus times neste mês? Ou elogiou o trabalho de pessoas que você lidera nesta última semana?

Eu costumava dar pouca atenção a isso. Sempre fui muito focado no trabalho, nos processos, nas entregas, nas metas, e dava pouca atenção para comemorar as pequenas conquistas.

E menos ainda para olhar para as pessoas e, genuinamente, elogiar um bom trabalho feito, ou uma atitude diferenciada, ou até mesmo um comportamento aderente aos valores da empresa.

Dedicar tempo para isso faz uma diferença enorme no engajamento. E promover um ambiente de trabalho que cultive isso ainda mais.

Nos times que gerencio, nós aplicamos o conceito de Merity Money, em que as próprias pessoas se dão feedbacks positivos continuamente.

O sentimento que isso gera é muito bom. E, de quebra, deixa de estar centralizada em mim a responsabilidade pelos elogios.

💪 Equilíbrio entre gerir e liderar

Muitos gestores focam mais nos indicadores, dashboards, relatórios e gráficos, do que nas pessoas que executam os trabalhos para chegarmos nesses números.

Ou colocam demasiada prioridade na gestão dos processos do que no olhar para as pessoas.

Para mim, gerimos processos e lideramos pessoas. E equilibrar essas duas coisas é fundamental.

Engajar pessoas é enxergar que, sem elas, não existem resultados. Por mais que automatizemos processos, ou façamos a gestão dos fluxos e eliminemos gargalos, pessoas não são robôs.

Em momentos de crise, elas precisam se sentir seguras. No dia a dia, elas precisam ser apoiadas. O ambiente precisa ser nutrido para favorecer que elas mesmas exerçam suas lideranças.

E, para tudo isso, precisamos dedicar tempo e energia como líderes.

🎉 Integração social é fundamental 

O engajamento passa por contato (ainda que virtual, claro). É inevitável que a gente precise tirar um tempo para ter um processo de integração com os times — seja no dia a dia, seja em eventos específicos.

Quanto mais esse laço for gerado, mais laços criamos e maior confiança as pessoas do time terão umas nas outras.

Aqui na Impulso, como somos remotos há 11 anos, implementamos várias estratégias para isso. Por exemplo, os 5-8 minutinhos iniciais de uma reunião recorrente são para bater papo (como fazemos no corredor do escritório, indo para a sala de reunião). Além disso, temos momentos de cafezinho virtual, happy-hour virtual e várias outras coisas.

Pode parecer besteira ou algo muito pequeno, mas ajuda a engajar pessoas e resolver muitos dos problemas de comunicação.

👥 Tempo de agenda para uma boa comunicação

Existe aquele clichê do(a) “chefe de portas abertas” vs “de portas fechadas”.

O problema é que, mesmo que queiramos ouvir genuinamente as pessoas, e deixemos os canais de comunicação abertos, nada disso adianta se não temos efetivamente tempo na agenda para isso.

Se estamos o tempo todo com a agenda lotada de reuniões, o tempo todo envolvidos em mil tarefas, quando as pessoas precisarem falar conosco, não conseguirão.

Este é um esforço gigante que faço (e na grande maioria das vezes falho miseravelmente 😔): deixar minha agenda livre. Não ocupá-la com nada. Nada mesmo.

Todas as vezes que consegui estruturar uma semana de trabalho com muita folga de tempo, sempre, sempre mesmo, surgiram imprevistos envolvendo pessoas e pude estar disponível para elas, instantaneamente.

Foi muito recompensador para mim. Foi ótimo para elas. E o engajamento do time visivelmente aumentou muito.

😵 Pessoas sufocadas não exercem seu potencial

Da mesma forma que nós, como gestores e gestoras, não podemos estar sufocados. As pessoas dos nossos times também não devem.

Engajamento e interação andam lado a lado. Se as pessoas não têm tempo para colaborar e gerar valor juntas, como elas se sentirão engajadas com algo maior?

Além disso, se elas não têm tempo nem para ir ao banheiro, como irão dar (e receber bem) feedbacks? Como irão se comunicar de forma clara e cordial? Como poderão ouvir bem seus colegas e criar o hábito de elogiá-los?

O sufocamento gera um ciclo vicioso, uma bola de neve de outros problemas em cima de outros problemas, que culminam na degradação da cultura do time, do clima, da qualidade das interações entre as pessoas e no engajamento de todos.

No longo prazo, isto ainda gera coisas como:

  • Burnout;
  • Baixa produtividade;
  • Conflitos desnecessários;
  • Aumento de erros;
  • Perda da boas pessoas.

Bem, eu super entendo que engajar pessoas, ainda mais de forma remota, seja um grande desafio. E sofro com isso t-o-d-o-s os dias.

Mas, não é impossível. Acredite! 😎

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