13/06/22
5 min de leitura
Perdi meu emprego na área de tecnologia. E agora, o que devo fazer?
Karine SilveiraÍndice
“Corte de gastos”. Soa quase como uma ação estratégica da empresa, mas, na verdade, é uma forma educada de desligar você da empresa. Em maio, cerca de 15 mil pessoas dentro da área de tecnologia perderam seus empregos, de acordo com o blog Hunter Walk.
No momento, já podemos ver os efeitos disso até mesmo no Brasil. Empresas como Quinto Andar, Loft, Nubank, Facily, Ebanx e Sami foram algumas das que realizaram demissão em massa em 2022. Ou seja, este recesso já nos alcançou.
Anteriormente, demissões assim foram comuns pelo país – e em vários outros lugares do mundo – durante o primeiro ano de pandemia da Covid-19, e agora estamos vendo algo parecido outra vez. E se algo ficou muito claro é que, nesses momentos, CEOs e grandes nomes do mundo de negócios sempre se safam do olhar público por meio de uma retração, mas e as pessoas demitidas? Como fica a vida delas depois do desligamento?
O artigo de hoje tem o objetivo de responder exatamente isso! Com base no texto do Hunter Walk, chamado “15,000 Tech Workers Have Been Let Go In May. Were You One of Them?”, preparamos uma lista de coisas que você precisa saber, caso seja vítima de um “corte de gastos”.
Não tenha vergonha
Quando a demissão é novidade, algo inédito na vida, as emoções podem ser ferozes para as pessoas. Isso gera não apenas uma sensação de falta de propósito, mas a falsa ideia de que elas não são capazes. Quase todo mundo já passou ou vai passar por esta situação e não existe motivo algum para constrangimento.
Quando é um caso de “corte de gastos”, o desligamento não tem relação com sua performance, ou seja: não sinta vergonha. Não é o fim de sua carreira, sua reputação não está manchada e ainda há espaço no mercado para você – inclusive aqui na Impulso. O que realmente está nas suas mãos é o que faz com a notícia. E, de cara, já existem algumas indicações do que você pode fazer ao deixar a empresa.
Mude seu cargo e atualize o currículo
Muitas vezes, em startups, seu título não reflete todos os seus papéis — você acaba fazendo muito mais do que, de fato, recebe crédito. Isto é ótimo para a cultura da empresa, mas não é tão útil no âmbito pessoal durante a sua busca por um emprego.
Às vezes, para ser mais específico e direcionado, a pessoa ou equipe de gestão da sua antiga empresa permitirá que você mude seu título de saída. Assim, quando você se candidatar a novas vagas de emprego, sua última posição vai se encaixar melhor com o que está procurando no cargo.
Claro que isso pode ser um pouco complicado, mas, em pequenas empresas, quando se tem a gentileza das pessoas fundadoras ou quando você teve um impacto positivo na equipe, não há problema em perguntar.
A mesma coisa pode ser feita no seu currículo e no seu portfólio. Quando estamos em um emprego estável, é normal que deixemos isso de lado. Mas, quando uma demissão chega, é essencial que façamos uma atualização. Inclua projetos que fez na última empresa, mencione trabalhos (pequenos ou grandes) que realizou por lá ou como freelancer. Não é preciso manter a modéstia, nem exagerar. O importante é sempre encontrar um equilíbrio.
Peça para pessoas da empresa servirem de referência
É muito bom ter uma lista de pessoas que podem dar referência do seu trabalho. Mantenha-as informadas sobre quais cargos você pode estar procurando, a seguir, como você está se descrevendo, e assim por diante. Isso vai ser importante caso alguma dessas pessoas receba uma ligação ou um e-mail de uma empresa perguntando sobre você.
Não tem nada de errado em pedir a ajuda de quem já trabalhou com você e também de quem já te supervisionou. Se houver essa oportunidade, faça isso!
Na prática, funciona da seguinte forma: imagine um emprego para o qual você está se candidatando. A equipe de recrutamento, portanto, recebe uma carta da diretoria ou de pessoas em cargos executivos da sua antiga empresa validando seu trabalho. Nela, mencionam que sua dispensa teve relação apenas com questões financeiras da própria empresa, e que eles contratariam você novamente em um outro empreendimento se tivessem a chance. Só pense em como isso já abre portas.
Algumas perguntas para se fazer
Mesmo que o trabalho não tenha funcionado exatamente do jeito que você esperava, juntar-se à empresa foi a decisão certa? Ou seja, vale a pena você avaliar se este cargo era realmente para você. Se a resposta for sim, você já sabe o que deve procurar em outras. E se a resposta for não, você já sabe o que evitar ao mandar seu currículo. O mais importante, em momentos como este, é tirar aprendizados que te impeçam de cometer os mesmos erros e te levem a repetir acertos.
Depois, é bom pensar nas coisas que são importantes para você dentro de um emprego. Quase como uma lista de prós e contras, que te ajude a estabelecer expectativas realistas sobre o que vem a seguir.
E, claro, é fundamental salientar: não há motivo para entrar em pânico. Quer você esteja voltando ao mercado de trabalho ou fazendo uma pausa, saiba que as empresas estão buscando pessoas desenvolvedoras como você! Ou seja, há uma luz no fim do túnel e ela não está tão distante assim.
O que fazer agora?
Depois de tudo isso, é hora de pensar no próximo passo da sua carreira! É o momento de juntar todas as dicas que demos neste artigo e colocá-las em prática. Por isso, temos uma última recomendação: você sabe como funciona o processo seletivo da Impulso? Esta pode ser sua chance de ouro de conquistar sua vaga em TI e integrar um time de Devs incríveis! Então, aproveite para conhecer o nosso processo seletivo:
- Cadastro
- Match Inicial
- Entrevista assíncrona
- Entrevista técnica
- Bate-papo de fit cultural
- Preparação para começar
- Você já pode começar na sua vaga (e nas próximas também – caso haja interesse em migrar para outra oportunidade, em algum momento –, sem ser necessário fazer outro processo seletivo)
Ah, e, claro, não esqueça de compartilhar este conteúdo com quem também está buscando uma chance no mercado de trabalho.