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25/03/21

6 min de leitura

Sua empresa não deveria buscar Lucro

Rafael MirandaRafael Miranda

Sua empresa não deveria buscar Lucro

Ela deveria buscar Prosperidade, que é um pouco diferente.

É muito comum demonizarmos empresas por ter e buscar lucro. De maneira geral, tendemos a considerar que organizações (ou pessoas) bem afortunadas não merecem o que têm. Imaginamos, por exemplo, que fizeram algo ilegal ou antiético para chegar onde estão. Explorar funcionários e fornecedores, enganar colegas e clientes, e conspirar contra concorrentes são exemplos do que permeia o imaginário coletivo. Infelizmente, os escândalos empresariais que vemos diariamente reforçam esse pensamento, pois demonstram que coisas escusas acontecem o tempo todo desde sempre.

Porém, apesar de todo este cenário, não podemos perder de vista que, no nosso sistema econômico, gerar lucro é algo positivo. Parte do objetivo de empresas com fins lucrativos é ter, como o próprio nome diz, Lucro. Empresas lucrativas criam mais empregos e renda, aquecem e movimentam a economia e contribuem para o surgimento de inovações. O sentimento negativo que existe contra o lucro acaba por ser muito mais uma questão sociocultural do que econômica em si.

O sentimento de aversão ao lucro vem, em parte, do fato de que a grande maioria das organizações busca apenas ele. Em geral, a lucratividade é a principal e, muitas vezes, a única medida de sucesso utilizada por gestores, empresários e investidores para a tomada de decisões. Infelizmente, isto normalmente implica em consequências indesejadas, como disfunções organizacionais, abusos nas relações de poder e, muitas vezes, ações questionáveis como tanto vemos por aí.

Lucro: Principal ou único objetivo

Nenhum deles! Simplificando bastante as possíveis relações de causa e efeito, quando o lucro é o principal ou único objetivo de uma empresa, o ambiente existente tende a favorecer o uso de atalhos, principalmente quando as coisas não vão bem. Quando obter maior lucratividade é a única meta, não existe um referencial do que pode ou não ser feito para atingi-la, e soluções questionáveis tendem a ser cogitadas.

O lucro passa a ser parte de um jogo financeiro, disputado pelas empresas dentro de uma arena chamada mercado. Com o passar do tempo, neste jogo em que todos precisam ganhar, alguns limites deixam de ser claros.

É por isso que prefiro sempre pensar em termos de Prosperidade, ao invés de Lucro. Quando falamos que uma empresa é próspera, nos referimos a diversos outros elementos além da lucratividade que ela possui, como saúde financeira, bem-estar, felicidade e sustentabilidade. Se buscamos Prosperidade, as coisas ficam muito mais claras, pois deixamos de olhar apenas para o lucro ou geração de riqueza, e passamos a considerar os outros elementos que a compõem. Os limites de certo e errado ficam mais claros, mais bem definidos, pois não fará sentido buscar um atalho que gere mais lucro se, por exemplo, ele prejudicar a felicidade e sucesso dos clientes.

Prosperidade

  • Prosperidade: refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez, significa ditoso, feliz, venturoso, bem-sucedido, afortunado. Situação favorável, de êxito. Estado de abundância, riqueza.

Ao lidarmos com contextos que envolvam pessoas, tarefas e objetivos (elementos inerentes à qualquer tipo de organização), ter clareza é fundamental. Qualquer estratégia que diminua ou prejudique a percepção de todos sobre o porquê algo é feito, o que se quer atingir com aquilo e como a decisão se relaciona com o todo, infelizmente, tende a gerar mais problemas do que soluções.

Não é de surpreender que grandes empresários e executivos, símbolos de sucesso e lucratividade como Jack Welch (20 anos como CEO da General Electric), Jack Ma (CEO do Alibaba), Paul Polman (CEO da Unilever), Mark Zuckerberg (CEO do Facebook), Tim Cook (CEO da Apple), dentre tantos outros, criticam veementemente a postura de foco exclusivo no lucro a ser revertido para acionistas.

Ao buscar Prosperidade, ao invés de apenas Lucro, as organizações são naturalmente levadas a ponderar questões relacionadas a clientes, fornecedores e funcionários. Assuntos como sucesso e felicidade dos clientes, engajamento e felicidade de funcionários e relacionamento de longo prazo com parceiros entram em pauta. Muitos destes elementos implicam, necessariamente, em se ter menos lucro, pois geram maiores investimentos e custos operacionais. Porém, apesar disso, no médio e longo prazo, estas ações geram melhores resultados globais.

No que vale à pela investir?

Empresas que investem na felicidade e engajamento dos funcionários e promovem transparência sobre ações e decisões tomadas são percebidas como mais confiáveis e éticas pelos clientes. Empresas que investem em ações sérias de sustentabilidade apresentam resultados muito superiores em produtividade, eficácia de processos, imagem pública, engajamento e confiança. Organizações direcionadas puramente ao lucro priorizarão sempre o dinheiro em detrimento das pessoas, sejam elas quem forem.

  • Organizações que focam apenas na lucratividade desenvolvem um mindset que favorece ações de curto prazo e abre espaço para decisões potencialmente questionáveis, que podem levá-la a um ciclo vicioso de problemas. Ao focar na Prosperidade, incentiva-se um mindset de longo prazo, com melhores decisões, melhoria do todo e tende-se à levá-la a um círculo virtuoso de soluções.

O lucro para uma empresa é como oxigênio para uma pessoa. Se você não tem o suficiente, está fora do jogo. Mas se você pensa que sua vida é respirar, você realmente está perdendo algo. - Peter Drucker

Peter Drucker, considerado por muitos o pai da Administração Moderna, já falava que o lucro para empresas é como o oxigênio para as pessoas. Sem oxigênio, as pessoas não vivem. Nem por isso, o objetivo de vida delas é respirar.

Empresas que visam apenas o lucro tenderão, invariavelmente, à buscar o máximo de eficiência nos seus processos. Porém, em um mundo rápido, dinâmico, com mercados que passam por rupturas e inovações do dia para a noite, para se ter sucesso e se manter competitivo é preciso implementar modelos organizacionais que privilegiem processos mais eficazes (e, normalmente, operacionalmente menos eficientes). Manter uma gestão fluida, com processos simples e uma estrutura adaptável e tolerante à falhas passa a ser fundamental.

O futuro do trabalho 🚀

Na Impulso colaboro para nutrirmos uma organização que cresça, sobreviva e prospere. Que seja saudável financeiramente e socialmente responsável. Que tenha sim lucro e gere riquezas, não só para os sócios, mas também para os funcionários, clientes e parceiros. Somos um time que vem criando, há 10 anos, uma organização diferenciada e inovadora, que encanta as pessoas por meio do foco real na sua felicidade e sucesso. Uma empresa próspera, que quer melhorar efetivamente a vida por meio do Digital. Uma empresa para durar.

O equilíbrio de tudo isso é extremamente complexo e delicado. Eventualmente priorizamos muito mais um lado do que outro. Muitas vezes não sabemos que caminho escolher e algumas vezes decisões difíceis precisam ser tomadas. Porém, sei que estamos no caminho certo e eu não poderia estar mais feliz de fazer parte desta história!

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